terça-feira, 20 de novembro de 2007

Vale Dourado - Boia Cross












ESSE eu aconselho!! Lugar maravilhoso e muito divertido.
Alias, aconselho todos os outros, que também são lugares lindos e relaxantes.
O boia cross funciona assim, você sobe em uma boia enorme com um colete salva-vidas, a cordinha da boia fica presa no colete, que é para a boia não descer rio abaixo sem você. Então sobe na boia de barriga para baixo, e desce o rio.
Eu fui em época de seca, foi bem tranqüilo, mas acredito que quando estiver em uma época com o rio mais cheio, deva até ser "radical"!!! O grupo fez o percurso em 50 minutos, mas o guia me disse que o récorde em descida do rio foram 7 minutos!! Essa adrenalina eu não quero não! É demais para mim, mas quem sabe em uns 20 minutos, até porque o guia explicou que quando o rio está mais cheio só quem desce são pessoas mais experientes.
Além dessa experiencia maravilhosa e relaxante, tem também o querido BIL, que é um cachorro que vive na fazenda, já faz parte do atrativo, um Labrador muito simpático e descolado, faz todo percurso com o grupo, fazendo graça e sendo mimado, rouba comida dos desatentos, caça tatu, some naquele cerradão e não tem horário para voltar pra casa. O mais incrível é que só está lá a um ano. Já foi grande para a fazenda, doado por uma família que não podia mais cuidar dele. O BIL amou a idéia, acho que agora não quer outra vida.
Além do Bil há de vez em quando visitas inusitadas de bichinhos lindos que aparecem de surpresa para tomar um pouquinhio de água. (*foto do veadinho)


O Vale Dourado é banhado pelo rio dos Couros. O local é excelente para banhos de rio, com praias de areia branca, rodeadas pela vegetação exuberante do cerrado. Destaque para o bóia cross onde o turista desce o rio dos Couros lentamente contemplando a natureza. Distante 25 kms por estrada de terra da Vila de São Jorge.

*fotos(boia cross e veadinho): Zanoni Antunes
*foto(Bil): Mariana Uchôa

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Vale da Lua





É o atrativo mais conhecido e visitado da Chapada dos Veadeiros. Distante cerca de 11 kms de São Jorge por estrada de terra, o Vale da Lua destaca-se por suas formações de pedras que lembram a superfície lunar. As rochas de cor acinzentada adquirem várias tonalidades de acordo com a luz do sol. O Vale da Lua é banhado pelo rio São Miguel.


fotos por: Zanoni Antunes

RAIZAMA






Local onde a natureza mostra todo o seu vigor. Um verdadeiro santuário ecológico. O encontro dos rios São Miguel e Raizama formam uma impressionante cachoeira. O turista pode desfrutar de piscinas naturais, hidromassagem ou simplesmente contemplar a natureza numa das regiões mais bonitas da Chapada. Distante cerca de 5 kms por estrada de terra da Vila de São Jorge.


*fotos por: Zanoni Antunes

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Revista Época, edição 22 (19/10/98)










Paz,amor e muita energia
Invadida por cabeludos de todo o país, Alto Paraíso, em Goiás, vive o boom do turismo esotérico

magine um lugar onde padarias e supermercados se chamam Pirâmide, Cristal ou Energia e as pessoas abrem mão de seus nomes de batismo para adotar outros como Sol, Soham ou Kranti. Nas ruas de terra, entre as casas simples dos nativos, há templos religiosos e pousadas com salas de meditação. Até mesmo os acidentes de trânsito são de outro tipo: no mês passado, a ambulância local atropelou uma onça. Trata-se de uma cidade pacata, de 7 mil habitantes, em Goiás, a 230 quilômetros de Brasília, cercada pela Chapada dos Veadeiros. Construída sobre uma imensa rocha de cristal, Alto Paraíso foi eleita por grupos esotéricos como o local mais energético do país - e, desde então, uma leva de seitas, comunidades alternativas e terapias de todo tipo desembarcou na cidade para o que chamam "viver em harmonia". Turistas brasileiros e estrangeiros não param de chegar em busca de cura, paz espiritual ou apenas um pouco de "lazer místico". São tantos visitantes que o município ganhou uma nova atividade econômica: o esoturismo, ou, melhor dizendo, turismo esotérico.

Até 1980, Alto Paraíso era apenas um amontoado de casas em meio à esplendorosa paisagem da região, um local onde os fazendeiros tropeçavam, indiferentes, em aglomerados de cristal. Foi nessa época, durante um grande encontro de hippies, em Mauá, Estado do Rio de Janeiro, que a cidade foi escolhida como sede nacional das comunidades alternativas. Os resistentes cabeludos que ainda mantinham a filosofia de paz e amor em plena era yuppie tinham uma justificativa para a escolha. "Soubemos que fotos espaciais, feitas pela Nasa, reconheceram na cidade um ponto luminoso do globo terrestre", esclarece Sol, uma das testemunhas do tal encontro.

Duas décadas depois, o perfil da pequena cidade é outro. "Pecuária e garimpo são coisas do passado", afirma o prefeito Jair Pereira Barbosa, 66 anos, um evangélico que sofre tentando dar voz às forças políticas da cidade. É uma tarefa inglória. São cerca de 80 organizações não-governamentais (ONGs) formadas pelo batalhão de pessoas que deixaram os centros urbanos para ali fincar suas bandeiras. Há associações de todos os tipos instaladas dentro de suas fronteiras - desde o tradicional Rotary Club até os enigmáticos Instituto Quinta Essência, Fundação Ordem Santo Graal - Cavaleiros de Maytréia ou a Associação Cúpulas de Saint Germain. É comum bares e padarias abrigar reuniões da Sociedade Espírita Irmã Sheila ou da Associação de Amigos e Pais de Portadores de Necessidades Especiais, por exemplo.

É claro que o roteiro dos místicos brasileiros tem outras atrações espalhadas pelo país. A mineira São Tomé das Letras é uma delas. Considerada uma cidade sagrada por entidades esotéricas, seus moradores não se cansam de contar fantásticas histórias de discos voadores e óvnis. A Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso, é um marco geográfico que atrai os herdeiros de Woodstock. Ali, justamente, está o centro geodésico da América do Sul. Mas, nos últimos dois anos, Alto Paraíso é que está sendo o maior alvo de procura. Além dos cristais, os moradores vangloriam-se de que o município está no Paralelo 14, a linha meridional que forma uma faixa de energia no planeta, segundo a visão esotérica. Ali também estão as nascentes de importantes bacias hidrográficas brasileiras, como a do Rio Tocantins. Os muitos recantos de água doce e as cachoeiras imponentes - com até 120 metros de queda-d'água - são palcos para meditação e outros ritos místicos.

"As pessoas sentem a energia dos cristais e por isso vão para esses lugares. Essas pedras representam a solidificação da consciência. Com o fim do milênio, a onda mística cresce, fica-se mais espiritual", afirma o filósofo holandês Robert Happé, estudioso da "nova era" que morou na Índia, na China, no Camboja, no Tibete e passa vários meses por ano no Brasil. Não à toa, o esoturismo é um filão de mercado que alguns governos começam a explorar. O Caminho de Santiago, na Espanha, é o roteiro esotérico mais concorrido do mundo e movimenta US$ 2 bilhões por ano. De olho nesse exemplo, a Empresa de Turismo do Estado de Minas Gerais vai lançar, em 14 de dezembro, a primeira trilha mística brasileira, que passa por Minas, São Paulo e Rio de Janeiro.

A idéia é aproveitar a chamada Estrada Real, o caminho usado pelos bandeirantes na procura de ouro e diamantes a partir do século XVII. Serão 1.200 quilômetros, divididos em dois caminhos, que ligam a belíssima Parati, no sul do Estado do Rio, a Diamantina, em Minas. Mas, a rigor, o que há de místico nesse passeio? "A rota permite um turismo religioso, pois há muitas igrejas no trajeto. Mas a experiência mística decorre fundamentalmente do esforço da caminhada e das paisagens do caminho", diz o geólogo Átila Godoy, um dos autores do Caminho da Estrada Real. O trajeto atravessa cerca de 120 municípios.
Se a idéia der certo, essas cidades, com certeza, verão suas receitas crescer alguns dígitos. Em Alto Paraíso, por exemplo, o que importa é viver em paz e em contato com o cosmo. Mas o que faz bem à alma está dando uma força ao comércio da cidade. Não há nada que se desenvolva tanto por lá quanto a venda de produtos e serviços voltados para o esoturista. Além das pousadas zen, proliferam as lojas do chamado comércio lilás, que oferecem duendes, livros esotéricos, incenso e pedras com poder de cura. Cristais são vendidos em barracas nas ruas. E o futuro promete ainda mais dinheiro em caixa. Sorriso no rosto, os comerciantes enxergam, no fundo da bola de cristal, uma data que deve fazer explodir de vez as vendas: o Réveillon do ano 2000, ou, como preferem alguns, a entrada da "nova era".

"Serão 365 dias de comemoração", planeja o secretário de Turismo Luiz Paulo Veiga Nunes Pereira. Otimista total, ele teme que as 900 vagas disponíveis nos hotéis e nas pousadas da cidade sejam insuficientes para acomodar todos os visitantes. Pereira é um místico de carteirinha. Em nome da riqueza de espírito, trocou o cargo de engenheiro na Telebrás, com direito a salário de R$ 11 mil, por R$ 450 na prefeitura. Terapeuta, faz várias massagens alternativas, inclusive a esquisitíssima ayurvédica, em que passa óleo no corpo do paciente antes de começar a pisá-lo. É também dono de uma pousada, a Alfa & Ômega, dotada de salas para meditação, varandas para tai chi chuan e, é claro, star fix - estrelinhas de plástico fosforescentes coladas no teto como que reproduzindo o universo.

Se a chegada da "nova era" seguir o ritmo dos feriados, é possível que o otimismo do secretário vire realidade. Nessas ocasiões, o turismo fervilha. Em 7 de setembro, 15 mil pessoas circulavam pelas ruas da cidade. "Vim em busca de respostas pessoais e senti um processo muito grande de limpeza interior", contou a gaúcha Margareth Nunes Osório ao passar por Alto Paraíso para meditar. A autoridade máxima da cidade não consegue, porém, enxergar essa aura mística da cidade. O pacato município enfrenta alguns casos de assalto, e há alguns dias o violento assassinato de uma mulher e sua filha assustou os moradores. Mas são as drogas que mais preocupam o prefeito. "Alguns grupos alternativos cultuam a erva", censura o evangélico alcaide. O delegado local, Joás de Souza, jura que, se invadisse uma festa com um bom efetivo policial, faria 50 flagrantes da droga em questão de minutos.

Alheios às preocupações de Barbosa, os moradores da cidade seguem a máxima do cantor e compositor Raul Seixas, dão vivas à sociedade alternativa e seguem a vida, cada um a seu estilo, muitas vezes esquisito aos olhos dos habitantes dos grandes centros urbanos. Mas eles não estão nem aí. Há os que preferem se isolar para alcançar a paz de espírito. Sol, aquele que participou do congresso dos cabeludos em 1980, gosta da solidão de sua casa na mata, onde toca violino acompanhado pelo uivo do cachorro Tunico. "Não tenho paciência para esses jovens que chegam com as mesmas dúvidas e paranóias que eu tinha há 20 anos", diz.

Já o angolano Vítor Pontes, 51 anos, uniu a distância da cidade ao prazer de boas companhias. Ele ergueu uma espécie de taba na região dos Macacos, onde só se chega depois de quase 2 horas de estrada ruim, em automóvel com tração nas quatro rodas. Mas a aventura vale a pena. Pontes fugiu de Angola por causa da guerra civil e hoje é um exemplo vivo de felicidade, digamos, "fora do sistema". Formado em Sociologia e Engenharia, conseguiu realizar o que alguns homens civilizados desejam mas julgam impossível: vive pacificamente com suas duas mulheres na mesma casa.

Muitos dos que chegaram a Alto Paraíso em busca de um rumo na vida o encontraram nas palavras do guru Osho, líder espiritual indiano morto em 1990. Seus discípulos na cidade costumam seguir o ritual de batismo no idioma sânscrito. Enviam uma carta à cidade de Puna, na Índia, com foto e tudo, e aguardam um novo nome, o chamado sannyasi. Quando recebem a resposta, praticamente trocam de identidade. "Os livros do Osho estão por toda parte", diz o artista plástico potiguar Novenil Barros, 39 anos. Ele hoje só usa seu nome sannyasi: Soham, que significa "alma suprema". No mesmo caso está o astrólogo Kranti ("revolução"), cujo nome de batismo ele se recusa a revelar.

Em Alto Paraíso há, enfim, público para todos os ritos. Uma parte dele se abriga na Oficina de Ciência e Artes (OCA), espécie de refúgio auto-sustentável. Com hortas próprias e oficinas de marcenaria, a OCA recebe qualquer pessoa disposta a pagar sua hospedagem participando das inúmeras tarefas diárias, necessárias para manter a casa em ordem. E não faltam candidatos a suas vagas. Marcelo Eshwara, 25 anos, é um deles. Deixou a Faculdade de Belas Artes em Porto Alegre para viver na comunidade. "Aqui, além de trabalhar, consigo meditar", explica. O problema é que nem todo mundo capta a profundidade dessa experiência. "Ainda não entendi a finalidade deste lugar", afirma a recém-chegada Cláudia Sensi, artesã de 21 anos. Mas, decidida, promete não deixar Alto Paraíso antes de compreender a magnitude dos momentos vividos na cidade.
Para o ecologista Peter Medkiff, 39 anos, habitante do lugar desde 1982, é o estilo de vida simples e feliz que cria, de fato, sua magia. "Enquanto as pessoas que aplicam em bolsas de valores estão desesperadas, aqui o que cresce são as ações comunitárias", diz. O melhor exemplo de sucesso é uma ONG formada basicamente por crianças e adolescentes, o Gama. Com esquetes e performances teatrais versadas em temas ecológicos, a turma do Gama se apresenta em outras cidades de Goiás levada pelo Ministério do Meio Ambiente. Eles já têm seu próprio jornal, um bar na rua principal da cidade e, agora, estão construindo um teatro. "Tudo o que arrecadamos é investido no próprio grupo", diz Tathiana Dalcol, 19 anos, um belo exemplo da nova geração de esotéricos de Alto Paraíso, para onde foi levada pelos pais, que fugiram de São Paulo em busca de sossego.

Não se sabe ao certo como surgiu o nome da cidade, mas quem a conhece não duvida de que ele corresponde à realidade. Os visitantes, tão logo chegam àquele ponto da Chapada dos Veadeiros, se convencem de ter encontrado um paraíso. Ali, as crianças circulam felizes em suas bicicletas, todo mundo se conhece e tenta viver em paz num lugar onde os ruídos são poucos e a poluição nenhuma. Em Alto Paraíso, difícil é acreditar no tal apocalipse, tão propalado por algumas seitas e grupos esotéricos.

*fotos: Jardim de Maytrea.
(fotos por: Mariana Uchôa Alves)

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Conversa com Magda dona do restaurante Feitiço da Vila




Tive uma conversa com Magda, dona do restaurante Feitiço da Vila.
Ela mora com seu marido Roberto na Vila de São Jorge há quatro anos. Perguntei a ela um pouco de sua história e o porquê de ter escolhido a chapada como novo lar, nova vida.
“Além da qualidade de vida, quem me apresentou a vila foram meus filhos. Roberto veio para ficar três meses e eu vinha aos finais de semana. Nos apaixonamos e percebemos que não havia um restaurante do tipo que nós tínhamos a idéia de abrir, já tivemos pastelarias, lanchonetes, mas nunca um restaurante.” diz Magda.
Magda é ex-jornalista, já tinha paixão pela culinária, fez vários cursos e já viajou para aprender mais sobre gastronomia.Trabalhou muito tempo como jornalista, mas hoje em dia vive como cheff em seu restaurante, sua paixão. Queriam abrir algo diferente, que a cidade ainda não possuía, que desse prazer, uma atividade que unisse o prazer e o trabalho. Ficou durante oito meses vindo para a cidade na sexta e voltando no domingo, até que tomou coragem e pediu demissão de seu emprego. Abriram então o Feitiço da Vila, um restaurante já famoso na cidade, especializado em grelhados e saladas.
Abrem de segunda a segunda. Só fecham quando viajam. Apesar da cidade estar mais cheia nos finais de semana e feriados, há um grande movimento de gente o tempo inteiro, mesmo que de poucas pessoas ao longo do ano. Por isso sempre estão abertos. Quando cidade não está muito cheia, folgam na segunda-feira. Por causa do turismo, trabalham o ano todo.
Diz que a fama da cidade já atrapalhou muito, de cidade de “doidões” e drogados, “bichos do mato” conta Magda como se referiam à cidade antigamente. Porém há dois anos que a vila já não tem mais essa fama, diminuiu a quantidade de turistas porém a qualidade dos turistas melhorou muito. “Um público mais selecionado, casais jovens, famílias, etc.” É o público que Magda diz freqüentar em sua maioria a cidade atualmente.
Magda abandonou o serviço público para abrir o restaurante na vila com o seu marido. Seus filhos vão à São Jorge visitar os pais nos feriados, eles também sempre que conseguem um tempo, revezam entre si, para não deixar o restaurante fechado e vão visitar seus filhos em Brasília, matar um pouco da saudade. Mas não querem voltar para lá. Já estão com sua vida feita em São Jorge.“A cidade é muito aconchegante as pessoas se dão muito bem.” diz Magda.


*foto da entrada do restaurante Feitiço da Vila.

domingo, 16 de setembro de 2007

Entrevista com a Dona Chiquinha







Entrevistei Dona Chiquinha, uma senhora muito simpática, famosa pelos seus pães caseiros deliciosos. Possuí um dormitório em São Jorge, o "Dormitório da Chiquinha", foto acima. Fui atrás dela pelo fato dela ser moradora da cidade à 50 anos e tinha a certeza de que saberia me dizer um pouco sobre a história da Vila.
Foi ótimo ter conversado com ela. Seu marido, Seu Cecílio também estava presente. Os dois são ótimas pessoas e possuem uma história de vida muito longa e cheia de casos para contar.

*entrevista:

-A senhora sabe o porque da Vila se chamar São Jorge?

Antes era Baixa o nome da Vila, mas depois que o padre veio para cá, não gostou do nome e trouxe o santo São Jorge para igreja batizando a cidade com esse nome.

-No começo, qual era o interesse das pessoas em vir para Vila?

Por causa do garimpo. O garimpo era de cristais, começaram a comprar pequenas partes de terra e garimpar e trabalhar na roça.

-Gostou do fato da cidade ter ser tornado um centro turístico? Acha que tira um pouco da privacidade dos moradores?

Gostei, os turistas que nos dão renda, é com eles que conseguimos nosso sustento, pois se não houvesse turista não teríamos como trabalhar e adquirir renda. Tenho meu dormitório e faço pães, só com a procura dos turistas que consigo viver aqui. Sou muito grata a eles.


-Há quanto tempo a Senhora está aqui? E há quanto tempo a cidade vive cheia desse jeito, quando à procura pela cidade começou a aumentar?

Há 50 anos. Meu marido, Seu Cecílio, veio para cá à procura de terras para garimpo.
Há uns 10 anos mais ou menos que a cidade vive cheia de turistas.


*foto da Dona Chiquinha
*foto do domirtótio da Dona Chiquinha

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Um pouco da história de São Jorge (Baseada em entrevistas com nativos e moradores da cidade)




A Vila São Jorge, antigamente chamado de Baixa, é um município de Alto Paraíso. Um padre novo chegou na cidade e levou um novo santo para a igreja. Resolveu então mudar o nome da vila de Baixa para São Jorge, em homenagem ao Santo.
Os primeiros moradores começaram a comprar terras no local para a extração de cristais. A procura pela cidade era de garimpeiros. Por isso até hoje a cidade tem um grande atrativo de pedras e cristais a preços acessíveis.
Com a Segunda Guerra Mundial, o garimpo de cristal se desenvolveu muito, pois o cristal era utilizado na fabricação de armas. A tecnologia que desenvolveu o cristal sintético e o fim da guerra fez com que o comércio das pedras decaísse.
Com a criação do Parque Nacional em 1961, garimpeiros foram estimulados a tornarem-se guias turísticos para mostrar a visitantes as cachoeiras e passeios. E com isso desestimular o garimpo. Restaram garimpos clandestinos, mas que não eram de grande importância. A partir dai a cidade começou a se tornar um centro de Ecoturismo.
Hoje conhecida também por sua cultura de festas típicas, do tipo: São João, a Semana Cultural, sanfoneiros e grupos de músicos da cidade, também o Cavaleiro de Jorge que é um centro comunitário que promove eventos e atividades com crianças e adolescentes da cidade.
Uma Vila pequena e muito aconchegante, sempre cheia de jovens e famílias á procura de diversão e relaxamento físico e mental. Participando de movimentos culturais e apreciando belas cachoeiras e passeios de contemplação.
Sejam bem vindos a Vila De São Jorge.


* foto do centro comunitário Cavaleiro de Jorge.